9 técnicas de memorização para incluir na sua rotina de estudos

Publicado em 22/06/2020 00:00 - Atualizado em 28/10/2024 15:34

Utilizar técnicas de memorização na rotina de estudos para o vestibular é fundamental para conseguir reter o aprendizado, afinal, são tantas matérias e tanto conteúdo, que é praticamente impossível memorizar tudo sem usar esses truques que ajudam o estudante a se lembrar do que aprendeu assim que se deparar com uma nova questão na hora da prova.

Neste post, vamos explicar como o cérebro fixa as informações por meio da memória e, a seguir, mostrar as melhores técnicas para memorização do conteúdo estudado. Vamos lá?

Os tipos de memória e a que é fundamental para um estudante

É por meio da memória que conseguimos armazenar e recuperar as informações no cérebro. Isso se dá por meio de conexões temporárias ou permanentes que acontecem entre os neurônios. Aqui, cabe explicar o que é memória. Trata-se da capacidade de registrar, guardar ou adquirir ideias e imagens.

Após ver como a memória é fundamental na aprendizagem, conheça os tipos de memória envolvidos nesse processo:

  • processual: reconhece processos (exemplo: andar de bicicleta);
  • semântica: guarda palavras e o raciocínio;
  • visual: reconhece rostos e lugares.

As 9 técnicas de memorização para usar na rotina de estudos

Como você verá, existem inúmeras técnicas de memorização. O importante é que você as teste e descubra quais funcionam melhor para você. Confira!

1. Resumos

Fazer resumos é a técnica de memorização mais conhecida. Por meio deles, você guarda o que foi mais importante no conteúdo aprendido. Mas não vale colocar no resumo a cópia fiel do que foi assimilado, e sim as frases elaboradas a partir do que você compreendeu da matéria.

O ideal é que você faça os resumos à mão em vez de usar editores de texto do computador, pois — segundo estudos —, ao escrever com lápis e papel, as células da base cerebral são estimuladas, deixando o cérebro mais ativo. 

2. Repetição

Esse tinha que ser o segundo método de memorização a ser citado, pois se trata de uma técnica intuitiva. Assim, quanto mais você repetir a si mesmo (em voz alta funciona melhor) o que precisa fixar na memória de longo prazo, mais eficaz será a memorização. No livro “Make It Stick: The Science Of Successful Learning”, os autores afirmam que a memória requer esforço. Assim, quando o aprendizado é difícil, significa que você realmente está memorizando.

Já no livro “Faça seu cérebro trabalhar para você”, de Renato Alves — campeão de memorização —, o autor diz ser importante estimular a repetição com exercícios de perguntas e respostas. Na obra, ele mostra que você deve se questionar: “O que?”, “Como?”, “Quando?”, “Quem?” e “Onde?”. Além disso, ele propõe que você faça desse método um roteiro para ser usado regularmente com o intuito de repassar mentalmente o que foi memorizado.

3. Flashcards

Fundamentais para estudantes dos dias de hoje, os flashcards são cartões pequenos que trazem uma pergunta na frente e uma resposta na parte de trás. O método é simples: você escreve as perguntas em um lado e, no verso, as respostas.

Após ter memorizado as respostas, você precisa testar seu aprendizado. Para isso, escolha os cards aleatoriamente e tente adivinhar a resposta à pergunta que está nele. À medida que for acertando/errando, coloque os cards em dois montes diferentes, um deles com acertos, e outro com erros — para ser estudado por mais vezes.

4. Autoexplicação

Como o próprio nome já dá a entender, nesse caso, o estudante dará uma aula a si mesmo ou imaginará que há um grupo de alunos à sua frente. Essa técnica é muito útil na fase inicial do estudo de um conteúdo para se inteirar sobre ele. Se levada a sério, essa prática lhe ajudará a perceber que, ao entender o que lê e “ensina”, você será capaz de formular argumentos com sentidos e de dar respostas corretas.

5. Acrônimos 

Acrônimos nada mais são do que siglas inventadas a partir da sílaba ou da primeira letra de várias palavras. Com isso, forma-se um novo termo para ajudar o cérebro a se lembrar de expressões que devem ser decoradas. Assim, os acrônimos são ferramentas que ajudam o cérebro a acessar as informações (palavras, expressões ou frases inteiras) mais rapidamente.

6. Acrósticos

Acrósticos são frases formadas por termos em que a primeira letra é a chave para o que deve ser lembrado. Um exemplo: para memorizar os bairros paulistanos Mooca, Belém, Penha e Tietê, você pode gravar a frase “Meu Pai Bebe Tinta”. É claro que essa frase é irreal (alguém beber tinta), mas a estranheza o fará fixar melhor o que aprendeu.

7. Associações

A associação de ideias e palavras é uma excelente forma de exercitar a memória de forma natural. Para praticá-la, basta vincular uma resposta de uma pergunta a alguma coisa que você conhece, podendo ser algo comum ou uma coisa absurda, desde que faça sentido para você. Você pode, por exemplo, associar Jânio Quadros a um quadro na parede. Lembre-se de praticar sempre, trazendo essas associações à memória de tempos em tempos.

8. Mapas mentais

Elabore diagramas para representar ideias e conceitos relacionados às palavras-chave e você terá um mapa mental. Sua função é ajudar a visualizar, a identificar e a classificar informações e, com isso, propiciar o entendimento. Como fazer um bom mapa mental?

Em uma folha na horizontal (para aumentar o campo de visão), escreva o título no centro e circule-o. A partir daí, vá escrevendo e desenhando tudo o que fizer sentido com o que está no centro. Prefira linhas curvas a retas, pois são mais estimulantes para o cérebro.

Utilize muitas cores e deixe a vermelha para informações negativas (há quem prefira usar o vermelho para o que for mais importante). Procure usar o mapa mental nos estudos. Convém, inclusive, utilizá-lo junto a resumos e aos flashcards. Com essas ferramentas, você fará revisões do que foi estudado.

9. Simulados

Ao fazer exercícios e testes, é possível mensurar o que já foi assimilado com o estudo e enxergar onde precisa focar mais. Mas os simulados fazem mais pelo seu aprendizado. Por meio deles, você faz uma verdadeira ginástica cerebral. Isso porque é a partir deles que você treina sua mente para acessar o que foi aprendido, sempre que for necessário. E quanto mais testes fizer, mais fácil será esse processo.

Uma rotina de estudos bem planejada é fundamental

Além de se utilizar das técnicas de memorização, é fundamental que o aluno tenha um bom planejamento de estudos, ou seja, enxergue-as como atividades complementares. Assim, ao atrelar uma boa rotina de estudos às vantagens da memorização, o seu desempenho nas provas dos vestibulares será muito superior. 

Com as informações fornecidas no texto, você conseguirá “ativar” sua memória como nunca conseguiu. Além disso, verá que a memorização de um conteúdo pode ser mais fácil do que você imagina. Se algum dos métodos parecer complicado de início, não desista, pois você está vivenciando o primeiro contato com eles. Bom estudo!

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