PRESENÇA DE BRUXISMO E SINAIS E SINTOMAS DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 EM COLABORADORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENS


Ano de Publicação: 2021
Autor(es): Ana Clara Almeida; Wayra Victoria Lopes Soto
Orientador(es): Ludmilla Regina de Souza David; Otávio Cardoso Filho

RESUMO

Introdução: a instalação da COVID-19 provocou mundialmente um cenário de incertezas e aumento dos distúrbios emocionais em grande parte da população, criando um cenário oportuno para o desenvolvimento de bruxismo e Disfunção Temporomandibular (DTM).

Objetivo: avaliar a presença de bruxismo e os sinais e sintomas de Disfunção Temporomandibular (DTM) por gênero, nos professores e colaboradores de uma faculdade de Odontologia da cidade de Montes Claros, MG.

Metodologia: em decorrência de dificuldade na obtenção de resposta, devido à pandemia causada pelo coronavírus, a amostra foi composta por 50 indivíduos. A pesquisa foi realizada com escalas e questionários validados recebidos por e-mail sobre comportamentos orais (OBC), presença de sinais e sintomas de DTM (3Q/TMD) e comportamentos de ansiedade e depressão (HADS). Os dados foram tabulados e submetidos, pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)®, com 95% de confiança estatística.

Resultados: na amostra constatou-se que 36 indivíduos (72%) não apresentaram ansiedade e 44 (88%) não apresentaram depressão. Já em relação à DTM, 25 indivíduos (50%) obtiveram. No cruzamento de ansiedade e depressão por gênero, identificou-se 31,2% positivo nas mulheres e 22,2% positivo nos homens. Na análise de DTM por gênero, 20 indivíduos do sexo feminino apresentaram DTM, enquanto no sexo masculino 13 indivíduos não foram acometidos por DTM. A análise da ocorrência de DTM por gênero mostrou-se estatisticamente significante (p 0,018).

Conclusão: o sexo feminino tem mais probabilidade de desenvolver DTM, tendo em vista o desencadeamento de ansiedade durante a pandemia acompanhada pelos sinais positivos para DTM. A relação entre DTM e depressão não foi estatisticamente significante neste estudo. Já os hábitos orais tiveram significante relação como fator de risco para DTM. Com base nos dados apresentados observa-se que ansiedade e hábitos orais tem relação causal com a DTM.