PREVALÊNCIA DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS QUE DIFICULTAM O TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM UMA ANÁLISE DE RADIOGRAFIAS DIGITAIS

Introdução: O conhecimento das variações anatômicas, durante o tratamento endodôntico, revela-se de extrema importância na seleção das técnicas empregadas, evitando, assim, possíveis acidentes ou transtornos que podem ocorrer com acadêmicos ou, até mesmo, com endodontistas, impondo ao profissional uma melhor escolha quanto ao procedimento a ser executado para desempenhar um tratamento de excelência.

Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo discorrer sobre prevalência das variações anatômicas ou qualquer alteração na cavidade pulpar que dificultariam o tratamento endodôntico em uma análise de radiografias digitais.

Materiais e Métodos:  O estudo foi caracterizado como observacional transversal e envolveu a análise de radiografias digitais arquivadas pertencentes a pacientes submetidos ao tratamento odontológico na clínica escola da Faculdade de Ciências Odontológicas (FCO) em Montes Claros-MG. Foram analisadas 400 radiografias periapicais, onde foram selecionados 99 exames com alterações anatômicas de 87 pacientes, entre os anos de 2020, 2021 e 2022 do arquivo, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, com o número do parecer 5.608.308.

Resultados: A idade média dos pacientes foi de 41 anos. Entre as variações anatômicas encontradas, destacaram-se: calcificação (5,1%), canal extranumerário (8,1%), dilaceração radicular (44,1%), nódulo pulpar (22,2%), raiz extranumerária (12,1%), reabsorção externa (5,1%) e reabsorção interna (3,0%).

Conclusão: Esse estudo é importante para a aprendizagem dos acadêmicos, além de ser útil para profissionais experientes, mostrando-lhes os impactos dessas alterações nos atendimentos clínicos, os quais envolvem tratamento endodôntico, visando a um ensino de excelência e a um olhar mais atento ao diagnóstico e planejamento do tratamento.